Amor Fati

Cinema, literatura, filosofia y otras cositas más...

segunda-feira, abril 17, 2006

Amor em Trapézios

"Falemos de encanto"
Encanto é o sentimento da descoberta,
é a corrida pelo ouro,
a necessidade de contar a todos o que foi encontrado,
de contemplar a novidade.
É o momento que antecede a tudo.
Em que cada gesto,
cada palavra,
cada sinal
representa uma nova conquista,
rumo ao desconhecido que se apresenta.
Mistério esse,
que com todas as nossas forças,
queremos desvendar.

"Falemos de Paixão"
A paixão é silenciosa.
Ela nos consome internamente,
sem que nada possamos fazer.
É olhar sem ter foças de proferir uma palavra.
É mais que um simples encanto.
Não há porque alardeá-la.
Seu sentimento é inexpressável.
Por mais apurados que tentemos ser,
a explanação é sempre aquém.
Inútil traduzí-la.
Inútil e frustante.
É preciso por ela passar,
por ela ser consumido,
para que seja possível compreendê-la.
Em vão seria a tentativa de racionalizá-la.
A razão é para todos,
a paixão, para poucos.

"Falemos de Amor"
O amor sublima a tudo.
Ultrapassa o encanto.
Supera a paixão.
Renova conceitos.
Difícil amar.
É não importar-se com o incômodo,
tomar o destino tal como escrito.
É aceitar as coisas tal como o são,
do outro como apresentado,
da vida como nos é posta.
É impossível amar alguém sem ter odiado,
nem que por um instante apenas,

pelo menor dos motivos.
Mas ante a grandeza do amor,
momentos esses passam rápido,
e às vezes custamos a nos lembrar que um dia existiram.
O amor a tudo supera,
a tudo envolve
a tudo transcende.
A tudo.

Quem nunca por alguém se encantou, nunca sorriu.
Quem nunca se apaixonou, nunca suspirou.
Quem nunca amou, nunca viveu.
 
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