Amor Fati

Cinema, literatura, filosofia y otras cositas más...

segunda-feira, maio 02, 2005

De rien

Tem certas coisas que me irritam profundamente.
Uma delas é o "muito obrigado"
Eu não estou me referindo à expressão automática da boa educação.
Me refiro à frase-chavão que as pessoas se sentem obrigadas a repetir quando fazemos alguma coisa por elas.
Se não me engano foi Nietzche quem disse que ninguém faz nada por ninguém.
Que as pessoas buscam, na verdade, apenas um bem-estar pessoal.
Também estou com preguiça de fazer uma pesquisa para ver se foi ele mesmo quem disse isso e se a frase é exatamente assim.
Mas a idéia é essa.
Quando fazemos algo por alguém, é porque queremos.
Por que algo dentro de nós nos levou a tanto.
Por que amamos alguém o suficiente para realizar ações que não se tornam sacrifícios.
Por mais que aparentem ser.
O "muito obrigado" tira o brilho da ação.
Transforma uma liberalidade em uma aparente obrigação.
Faz com que nos sintamos apenas cortezes.
Eu sou educada. Mas minhas atitudes não se pautam por isso.
Também não ajo sempre com a consciência.
O coração tem vez, vez que outra.
Por favor, não me agradeçam.
É só o que eu peço.
A não ser que eu lhes segure a porta do elevador.
 
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