Amor Fati

Cinema, literatura, filosofia y otras cositas más...

sexta-feira, março 31, 2006

Vibe

Nunca vi muito sentido naquela coisa de metade de laranja.
Tampouco acho que alguém consigo completar alguma coisa,
quanto mais outra pessoa.
Aquela história também de que opostos se atraem é coisa para a Física estudar.
Não há dúvidas que, cientificamente, um pólo negativo atrai um positivo e vice-versa.
Mas vamos combinar que partindo do pressuposto que somos indivíduos do bem,
ninguém quer o lado negro da força como companhia.
Sendo assim, não há regra nenhuma mesmo e o negócio é improvisar.
O que realmente faz com que duas (ou mais) pessoas permaneçam unidas é a vibração.
Não me refiro a nenhum tipo específico de relacionamento, mas a todos como um geral.
Para que fiquemos junto com alguém, é preciso que vibremos com a mesma coisa.
Que a emoção seja conjunta, e direcionada à mesma coisa.
Que me perdôem os livros de auto-ajuda,
mas é coisa é mais simples do que parece...

Sanatório Geral

...Se a noite não tem fundo
O mar perde o valor
Opaco é o fim do mundo
Pra qualquer navegador...

Chico Buarque de Hollanda

quarta-feira, março 29, 2006

E tenho dito

"O que eu espero senhores, é que depois de um razoável período de discussão,
todo mundo concorde comigo"


Winston Churchill

sexta-feira, março 24, 2006

agnóia

Maldito Platão e a sua maldita caverna.
Tudo ia muito bem até inventarem essa.
A tal condição de ignorância era muito boa, obrigada.
Eu viveria muito feliz com as minhas sombrinhas,
achando que aquilo era o que há,
se não fosse o infeliz vir e estragar tudo.

segunda-feira, março 20, 2006

quote of the day

"A little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal"

Oscar Wilde

sexta-feira, março 17, 2006

Medievalidades

Não saio de casa sem meu escudo.
Aliás, não desgrudo dele por um momento sequer.
A Armadura, aquela, completa,
que cobre da cabeça aos pés,
essa é apenas para momentos mais aterrorizantes.
Mas meu escudo eu não largo por nada.
Não nesse mundo de hoje.

E não tentem me convencer do contrário.
De que é tudo armação televisiva.
Que grandes cadeias faturam com isso.
Que a coisa não é assim tão ruim quanto parece.
É pior.
Eu sei que é.

No menor descuido,
a gente se depara com uma lança apontada na cara da gente.
Daquelas bem afiadas.
Vinda de não sei onde.
Enviada por não sei quem.
E muito menos por quê.

A melhor defesa ainda é a melhor defesa.
Daquelas imbatíveis.
Invencíveis.
Intransponíveis.

Posso até ter deixado a armadura em casa.
Guardada.
Mas o escudo não.
Esse eu carrego comigo.
Sempre.
Desse, eu não largo.
Por nada.

quinta-feira, março 16, 2006

Sabe?

Sabe aquele alguém que nos desmonta com um olhar?
Que faz com que pensemos que só dizemos besteiras?
Que faz com que esqueçamos os livros que lemos,
os filmes que vimos,
as músicas que ouvimos,
nossas opiniões em geral?
Sabe aquele alguém que faz com que nos sintamos completos ignorantes?
Que parece sempre saber mais do que a gente?
Não sobre alguma coisa específica,
mas sobre tudo em geral?
Sabe aquele alguém que faz com que não tenhamos mais opiniões?
Sobre nada. Sobre tudo.
Que todo o dito parece ser uma grande novidade?
Mesmo aquilo que há muito já sabíamos?
Sabe aquele alguém que nos faz sentir como um reles mortal?
Ordinário, comum - e pior
o último deles?
Sabe aquele alguém que é assim?
E que apesar de tudo,
a gente não cansa de olhar,
de admirar,
de escutar,
de querer saber mais?
Sabe?

Paradoxo

Não duvido de nada,
só acredito na fé.
Não acredito em nada,
só não duvido da fé.

quarta-feira, março 15, 2006

Olha a Lua

Lunática, lunar e de lua como só eu,
fiquei encantada.
Espero não ter sido a única a ter visto.
Curiosas nossas manias.
Uma das minhas poucas,
é ligar para alguém em noites assim.
Só para dizer "olha a lua".
Apenas para compartilhar um momento desses.
Coisas bonitas foram feitas para serem admiradas.
E momentos como esses não podem passar em brancas nuvens.
Falando nisso.
Não tinha nenhuma no céu.
A lua tava lá - cheia, lisinha, clara como só ela.
Isolada no céu.
Nem tudo que está só é triste.
Muitas coisas ficam até mais bonitas.
I wonder.

segunda-feira, março 13, 2006

A.O. // P.O.

Pois antigamente era assim:
a gente tentava puxar papo,
saber dos gostos,
da música favorita,
do livro que mais gostou,
do filme que nunca esqueceu.
Cada descoberta era uma vitória.
Um passo rumo aquele ser humano desconhecido,
que aos poucos ia se desvelando.
Hoje em dia tudo se foi por água abaixo.
É só dar um clique numa página azul
e aparece tudo pronto.
Listadinho.
Sem emoção nenhuma.
E com a garantia do autor.
Coisa sem graça isso.

telefonesemfio

Era mais ou menos assim:
"A namorada do irmão do namorado da irmã da minha melhor amigo ouviu de um cara que conhece esse sujeito que está saindo com uma garota que viu Ferris desmaiar no restaurante ontem a noite"
Mas quando a coisa é com a gente, não tem a menor graça...

ps:
Pois me contaram que Ferris Builler fala inglês.
Que nada. É português mesmo.
Naquela dublagem chinfrim de sessão da tarde.

segunda-feira, março 06, 2006

And the Oscar goes to...

... Mammy!
Duvido que tenha havido sequer um marmanjo que tenha esquecido de agradecer à mamãe na hora de receber a estatueta.
Engraçada essa ligação de homens crescidos e suas mães.
Não me entendam mal, por favor.
Longe de mim duvidar da valia do matriarcado.
Acredito piamente que talvez esses seres sejam aqueles que mais nos influenciam ao longo da vida.
Mas convenhamos,
barbados agradecendo às mamães por um prêmio cinematográfico é meio demais.
E pergunta se alguma lady disse "Daddy that's for you"...
Pelo visto os papais foram abandonados nessa hora...
Talvez não sejam muito bons em representações.
Por que será que mães são de tanta ajuda na carreira de atores?
Alguém?

Crashed

Nada mal, nada mal.
Fernando Meirelles que me perdôe,
mas não vi "O Jardineiro Fiel".
Dizem por aí que Rachel Weiss fez por merecer.
Para ser sincera,
apostava na feiura desmedida de Catherine Keener em Capote.
Hollywood adora essas coisas,
os bonitos que ficam feios,
os sequinhos que engordam,
gordinhos que afinam,
magrelos que tomam corpo.
Aquela coisa.
Pelo visto a coisa foi bem de contiúdo.
Apostei no politicamente correto.
Não deu outra.
O filão é que foi diferente.
Tá certo que Brokeback levar a estatueta era uma coisa meio clichê quase,
e que surpresas são, em regra, bem-vindas...
Mas Crash?

quinta-feira, março 02, 2006

My Way

Sou mais eu do que qualquer alguém seria.
Ninguém conseguiria ser tão eu quanto eu mesma.

Ninguém seria capaz de reproduzir minhas neuroses
Entender minhas crises.
Copiar meus defeitos.
Plagiar minhas falhas.
Reviver minha loucura.

Ninguém poderia simular minha alegria
Imitar minhas piadas.
Falsear meu bom-humor
Piratear meus sonhos.
Clonar minhas fantasias.

Não há quem fosse capaz.
Sequer alguém que pudesse.
Absolutamente no one conseguiria.
Não como eu faço.
NInguém.

NO PROBLEM

Problemas não existem.
São frutos da fértil imaginação de mentes ociosas.
Got a problem?
Me neither.

quarta-feira, março 01, 2006

Politicamente Correta

Só podia ser invenção de americano.
Ofender-se com a realidade.
Como o fato não muda,
utilizamos eufemismos.
A realidade é ainda a mesma,
mas a nomenclatura é diferente.
Mais palatável.
Nessa filosofia,
até desejar feliz Natal tornou-se ofensivo.
Afinal de contas,
nem todos têm o mesmo credo.
Pois bem.
Já houve o Oscar dos afro-americanos.
Pois agora aposto nos homossexuais.

You bet it

E a cinefilia continua...
Minhas apostas:
1) BROKEBACK MOUNTAIN
2) Philip Seymour Hoffman (acirrada disputa com Heath Ledger)
3) George Clooney
4) Reese Witherspoon
5) Catherine Keener
!!!Alea Jacta Est!!!!
 
hits.