Em um certo dia, em uma certa ocasião, uma certa amiga me fez uma certa declaração.
O dia era o primeiríssimo jour de estréia do filme "O Fantasma da Ópera",
a ocasião, como não podia deixar de ser, eram ambas sentadas na sala de projeção,
a certa amiga é uma pessoa especialíssima,
mas o que vem ao caso aqui, efetivamente, é a tal declaração.
"- Gostaria que um homem me amasse assim".
A amada em questão, não há a manor dúvida, trata-se da nossa digníssima Chistine Daée.
Agora, quanto ao amante, confesso que pergunto até hoje se minha amiga se referia ao Fantasma ou ao Raul.
Eu não sei se faria a mesma escolha, sinceramente. Mas Christine deve ter lá as suas razões.
Também não sei ao que minha amiga estava se referindo -
se ao amor romântico, juvenil e puro entre Christine e Raul,
ou se ao furacão de paixão que a entrelaçava com o Fantasma.
...
Não pretendo entrar em pormenores em relação ao filme.
A crítica foi mordaz, mas só aqueles devotos incondicionais dessa história de amor e loucura puderam apreciá-lo comme il faut.
Sempre amei o musical.
Para mim o filme foi absolutamente perfeito.
Pouco me importa o que digam os críticos.
...
Mas o questinamento permanece.
Como gostaria ela de ser amada?
Louca e ardentemente, beirando as raias da loucura, nas linhas da insensatez?
Ou de uma forma pura, sutil, doce, meiga, romântica?
Acho que devo perguntar a ela.
Pois eu mesma, não saberia responder.